Na casa amarela
Abre-se porta,
Abre-se janela.
As pessoas que la moram
Vivem indo e vindo,
Igual a pianista no piano.
Dia após dia,
Noite após noite.
Todos em um belo cotidiano.
Zé metido a machão,
Arreganha porta, portão e janela
Tudo com um safanão.
Maria, moça fina e recatada,
Acaricia a porta
Com a mão espalmada.
Juca, o pequenino
Passa que nem percebe a porta.
Envolvido por sua alegria de menino
Mal chega e já vai saindo.
Tobias, o cachorro da família
Desaparecido há três dias,
De longe só observa.
A agonia,
Num vai e vem frenético
Da porta, do portão e da janela.
Na casa amarela...
Author: Revérbero Pessoa /
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário