Carta

Author: Revérbero Pessoa /


Chegamos de mansinho um no outro.
Conversas simples e sem nenhum significado
Deram inicio a nossa pequena história.

As horas passavam depressa
Naquela noite de janeiro.
A cada minuto meu desejo aumentava.

Finda toda a diversão
Voltamos para casa.
Mesmo com o sono a nos rodear
Conversamos...

Desde o primeiro momento que te vi
Pude ver a bela mulher
Que você havia se tornado.

Não resistindo à tentação
Roubei-te um beijo.
Confesso que estava com medo
De uma possível rejeita.

Para meu alivio,
Beijaste-me.

Com o passar dos dias
Encontramos-nos várias vezes.
Encontros esses que figurarão
Eternamente em minha memória.

No meio de tantas risadas
Deixamos de perceber
Que a cada dia
Apegávamos-nos um ao outro.

Nunca esquecerei
Nós dois na beira da praia
Numa noite fria.
Aonde o mar vinha beijar nossos pés.
E a lua, coitada,
Por não poder amar escondeu-se por trás de nuvens escuras.

Chovia fino quando nos beijamos.
Por um momento flutuamos,
Esquecemos do mundo.
Por doces e adoráveis minutos
A única coisa que nos importava era o momento.

E como foi dolorido
Ter que te deixar.
Olhar para trás e vê
Que tudo
Agora são só boas lembranças.

Despedidas sempre são tristes.
Sentia um grande amargo na boca
E um forte aperto no peito
Quando te disse adeus.

Sei que choraste
Assim como também chorei.
A dor que se sente ao perder algo
É grande, mas toda essa grandeza
É dissolvida em lágrimas.

Creio que seja próprio do ser humano
Chorar ao partir.

E o céu a nos observar
Também chorou ao nosso adeus.


Dedicado a Kiara, que fez os meus dias mais felizes.